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Análise crítica do filme tempos modernos com Charles Chaplin

Tempos modernos é um filme considerado de comédia romântica que foi gravado em 1936. Curiosamente, ele foi produzido, roteirizado e teve como direção, Charlie Chaplin nas três funções. 

Na época, o cinema ainda não tinha a força que possui em 2021, portanto, o filme que vamos abordar neste texto, é um grande marco na história fílmica. 

A história do filme

O filme tempos modernos, mostra a vida de operários com a revolução industrial, em que houve a passagem da produção artesanal, para a produção em série. Os operários se submetiam a uma forma de produção em que não era mais de acordo com suas condições físicas e psicológicas, mas sim uma forma de produção que visavam maior lucro independente das condições de seus trabalhadores.

Chaplin vivia o personagem Carlitos, em que era trabalhador em uma grande indústria, fazia em seu trabalho sempre a mesma coisa, diferenciando dos dias de hoje em que o mercado de trabalho quer profissionais polivalentes, mesmo realizando sempre a mesma atividade, o mercado exige que essa profissional conheça o produto final e outras diversas atividades dentro da indústria.

Não só Carlitos, como muitos outros operários viviam a exploração dentro das fábricas devido à busca do lucro pelos proprietários, fazendo com que eles fizessem suas atividades muito mais rápidas para obter um produto final em menos tempo, fazendo seu trabalho de acordo com a máquina.

Na realização de sempre a mesma atividade, Carlitos teve um colapso nervoso, não conseguindo mais parar de fazer os movimentos que fazia muito rapidamente dentro da fabrica, sendo levado a um hospital. Após Carlitos sair do hospital curado, encontra a fábrica fechada, e ao buscar outro emprego é confundido com líder comunista e vai para cadeia. Na cadeia ele frustra uma tentativa de fuga de outros presos e é liberado da prisão conseguindo uma carta de recomendação por uma autoridade. Porém, mesmo com uma boa recomendação, Carlitos não conseguia se manter em outro emprego, pois na fábrica em que trabalhava, era alienado fazendo sempre o mesmo trabalho, desta forma não sabia fazer mais nada além de apertar parafusos.

Carlitos ao conseguir outro emprego, ao realizar uma tarefa fácil de encontrar um pedaço de madeira parecido com o que possuía em mãos, tarefa tão fácil quanto apertar parafusos, mas não usando raciocínio, essa tarefa trouxe consequências desastrosas.  Não conseguindo assim outro emprego, Carlitos fazia de tudo para voltar para a prisão.

Retratado no filme, uma sociedade em caos, Carlitos conheceu uma moça que vivia grande miséria, roubando comida para sobreviver, não tinha mãe e seu pai estava desempregado, seu pai foi morto, mostrando também a violência nas ruas na época. Para não ir para um abrigo, ou adoção ela foge.

Carlitos ao conseguir emprego de volta na fabrica, logo depois os funcionários entram em greve novamente, e em meio à confusão ao jogar sem querer uma pedra em um policial, Carlitos é preso novamente.

Ao sair da prisão, Carlitos se encontra novamente com a jovem, que havia conseguido emprego como dançarina em um restaurante mostrando o trabalho infantil até mesmo noturno em que hoje existem leis a serem seguidas mediante contratação de menor. Retratando também nessa parte do filme a inserção da mulher no mercado de trabalho. A jovem consegue também um emprego no restaurante para Carlitos, porém a jovem tida como vagabunda, foi procurada pela policia, mas conseguiu fugir com Carlitos.

As greves e manifestações dos empregados eram agressivamente reprimidas pelas autoridades, defendendo dessa forma os interesses capitalistas. Mas a partir de greves hoje existem melhores remunerações, diminuição da jornada de trabalho e melhores condições para o trabalhador.

Momento político da época

O filme Tempos Modernos representa o estilo de vida urbana nos Estados Unidos no ano de 1930, com os formatos de produção industrial baseados na divisão e especialização do trabalho na linha de montagem.

Os chamados Taylorismo, é uma teoria criada que foi criada pelo engenheiro Americano Frederick W. Taylor que foi desenvolvida a partir da observação dos trabalhadores nas indústrias. Já, o Fordismo,  criado pelo empresário norte-americano Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, em 1914. E é um sistema de produção industrial. E ele foi utilizado em negócios do mundo todo, até o século 20, principalmente entre as décadas de 1920 e 1970.

De forma geral, eles são modelos de produção baseados na divisão do trabalho, ou seja, cada operário fica responsável por uma etapa do processo produtivo. Ford, que aliás, é a mesma que produz os carros, realiza uma produção em massa e focando na realização no menor tempo possível e para isso, a repetição da atividade por parte do operário causa a alienação.

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