Carcinoma Colorretal

Estudos epidemiológicos sugerem que diversos fatores e hábitos dietéticos podem diminuir a incidência da neoplasia, como uso de salicilatos, dieta rica em frutas e vegetais, ácido fólico, cálcio e terapia de reposição hormonal (mulher pós-menopausa). O consumo de carbonato de cálcio, folato e café (3-4 xícaras ao dia) possuem uma associação com uma menor incidência do CA de cólon. Deve-se evitar ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas. O local mais comumente acometido é o reto (50%), seguindo-se o sigmoide (20%), o cólon descendente (9%), o cólon transverso (5%) e o ceco e o cólon ascendente (16%). As lesões retais são acessíveis ao exame palpatório (toque retal) ou sigmoidoscopia.
Os sintomas e sinais variam conforme o local do tumor, sendo uma manifestação frequente a mudança nos hábitos intestinais. O sangramento intestinal é um sinal importante (sangue oculto nas fezes) e complicações podem ocorrer, como perfuração ou obstrução. O carcinoma no lado direito apresenta mais comumente diarreia, pois a luz intestinal é maior, bem como o teor de líquido das fezes, enquanto no lado esquerdo as manifestações são obstrutivas. As fezes geralmente são positivas para a pesquisa de sangue oculto, e uma massa pode ser palpável no quadrante inferior direito.
Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia. Mais de 90% dos pacientes com CA de cólon e reto podem ser submetidos à cura ou ressecção cirúrgica paliativa, com sobrevida de cinco anos em mais de 50% dos casos. A recorrência do câncer ocorre em aproximadamente 10 a 15% dos casos, sendo o antígeno carcinoembrionário (ACE) um indicador para a monitorização da recorrência em intervalos de seis em seis meses. Após a ressecção cirúrgica completa do tumor, os níveis de ACE devem normalizar, sendo que níveis aumentados no pós-operatório indicam recorrência da neoplasia e níveis persistentes indicam um mau prognóstico.

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